quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Firmamentos de Cristal

A estrela de um silêncio que se expande
Nas horas de um corpo embalado em sonhos ausentes,
Cintilação de espelhos estilhaçados
Em verso de mágoa e lágrima derramada…
A estrela do infinito que nunca fui…

De mais alto que todos os esplendores,
Pingente de cristal embalado em leito de veludo negro,
Tem olhos de mais cores que os ecos da sedução
E é somente uma, sublime entre sublimes,
Mais uma estrela na minha constelação.

Mas ver-me-á, talvez, nos desertos da minha própria negrura,
Peregrina de uma fé que o silêncio consumiu,
Quando, no embalo do meu sonho, sou eu a estrela,
No sussurro enlevado de mais horas e mais séculos
Que todos os que me iludem na noite da imaginação.

A estrela…
A luz que faria resplandecer as sombras do meu corpo
No seu etéreo baile de cristal
E que me envolveria nas mais suaves memórias,
As melodias dos sonhos que mal acabaram de nascer.
A estrela do manto de seiscentos brilhantes
Que me envolveria no seu abraço imortal.

Mas estrela cega diante da infinita luz
Que fecha os olhos à minha promessa de redenção…



2 comentários:

Bruno Pereira disse...

A estrela que nos segue...

muito bom :D

casa da poesia disse...

"amo el color de jade
y el enervante perfume de las flores"..."a luz que faria resplandecer as sombras do meu corpo..."!!!lindo!...